O corredor comprido em branco marfim, eu sabia que me levava a um quarto em especial.Meus sapatos faziam onomatopéias ao tocar o chão lustroso do hospital.Parei a frente de um quarto de porta fechada, N158.Girei a maçaneta e adentrei o comodo bem iluminado.Havia a mesma única cama centralizada, o bidê baixo que à meses atrás vivia cheio de remédios, estava vazio, resplandecendo, agora, uma nova cor.A poltrona que por várias noites havia sido minha cama, continuava no mesmo lugar, próxima da janela.Eu a havia colocado lá, perto da janela, certa de que talvez pudesse respirar melhor, e fumar escondida, fugindo do olhar atento das enfermeiras.Coloquei as mãos sobre o lençol azul claro.Podia sentir sua presença, de certa forma, é claro que não eram os mesmos lençóis, aqueles sobre os quais ele repousou.Eu sentia sua falta tão dolorosamente que qualquer coisa que ele já houvesse tocado ou visto, era pra mim como uma salvação, como se pudesse desfrutar de sua companhia de novo.Ele havia estado lá, naquele quarto, por tempo suficiente, tempo de mais.Era maldoso lembrar dele daquela maneira, como estava em seus últimos momentos, mas parecia mais maldoso ainda tentar esquecê-lo.
Volte.Ou apenas me leve contigo.
4 comentários:
tão lindo.
opa erika fica cmgo? bjo querida ainda te amo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
QUE FOFOS
"Volte.Ou apenas me leve contigo." essa frase é pra voce minha querida kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk porra pensa em rir
Postar um comentário