sábado

Meu corpo era empurrado  á frente, adentrando um grande salão.Um homem mal-cheiroso prendia minhas mãos às costas e empurrava minhas pernas com as dele.Havia vários, sentados, me encarando, como se o aperto do homem falhasse e meu corpo correria violando os corpos presentes. Fitei o teto ignorando-os.O mal-cheiroso me sentou em um banco de madeira firme e lisa.Sentou ao meu lado, e riu de minha cena.Fingi descontento e meus olhos procuraram aos lados algo distante.Minha retina encontrou junto de meu coração algo inesperado. Sentada em alguma fileira ao lado, ela me fitava, descontente,decepcionada.Os murmurios que tanto ecoavam pareciam ter se calado.E meus ouvidos esperavam pela voz suave da rapariga,os susurros dela dizendo que me perdoaria, e que meus delitos nada para ela importavam.Mas a voz dela não vinha, A voz suave e doce que eu tanto gostava havia calado.Ela não falaria, não perdoaria, e seus olhos confirmavam isso.

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